Neste domingo, a cidade de Fortaleza vai completar 282 anos de fundação. O marco da inauguração da cidade data de 1603, quando o lusitano Pero Coelho de Sousa atracou na foz do Rio Ceará. Em suas margens construiu o Fortim de São Tiago, batizando o povoado com o nome de Nova Lisboa. Seu conterrâneo, Martim Soares Moreno chegou pouco depois, em 1613, recuperando e ampliando aquela fortificação e rebatizando-a com o nome de Forte de São Sebastião. Em 1637 houve a tomada holandesa do forte e uma nova expedição holandesa no Ceará, já em 1649, construiu, às margens do Riacho Pajeú, o Forte Schoonenborch, tendo início, nesse momento, a história de Fortaleza, sob o comandante holandês Matias Beck. Em 1654, com a retirada dos holandeses, o forte foi rebatizado de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. Finalmente, no dia 13 de abril de 1726, o povoado do forte foi elevado à condição de Vila, com a data assinalando a fundação de Fortaleza. Em 1799 a Província do Ceará foi desmembrada da Província de Pernambuco e Fortaleza escolhida capital.
Durante o Século XIX Fortaleza solidificou a sua posição de liderança urbana no Ceará, fortalecida pelo aparecimento do cultivo do algodão. Com o incremento das navegações com os portos da Europa foi criada em 1812 a Alfândega de Fortaleza. Em 1824 a cidade se agita com a Confederação do Equador. Entre os anos de 1846 e 1877 a cidade passa por um período de enriquecimento e melhoria das condições urbanísticas e diversos prédios surgiram, como o Liceu do Ceará, o Farol do Mucuripe em 1845, a Santa Casa de Misericórdia em 1861, o Seminário da Prainha em 1864, a Biblioteca Pública em 1867 e a Cadeia Pública. Em 1870 teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité. Entre 1870 e 1880 houve movimentos abolicionistas e republicanos que culminaram com a libertação dos escravos no Ceará, em 1884. A Padaria Espiritual, fundada em 1892 foi pioneira na divulgação de idéias modernas na literatura no Brasil. Teve também o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras que foram fundadas em 1887 e 1894, respectivamente.
No século XX a cidade sofreu transformações, houve um acentuado êxodo rural. Cresceu muito, chegando ao final da década de 1910 como a sétima cidade em população do Brasil. Em 1954, surge a primeira universidade na cidade, a UFC. No final da década de 70 nasce o que seria o pólo industrial do Nordeste com a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza. Após o Regime Militar o povo elegeu a primeira mulher prefeita do Ceará, Maria Luiza e a primeira prefeitura comandada por um partido de esquerda (PT). No final do século, a administração da prefeitura e a cidade passam por diversas mudanças estruturais com a abertura de várias avenidas e hospitais. Batizada de Loira desposada do Sol, nos versos do poeta Paula Nei, Fortaleza é hoje uma das cidades mais povoadas do Brasil e o mais importante centro industrial e comercial do Nordeste. No turismo, foi o destino mais procurado no Brasil em 2004. Sobre a bucólica capital dos cearenses, o professor Antônio Rilmar Cavalcante, num misto de lirismo e saudosismo, escreveu com muita propriedade: “Fortaleza Mulher! No seu corpo corre o rio Pajeú, parte de nossa história além-mar. De leste a oeste vislumbram suas praias na paisagem verdejante dos coqueiros e das dunas brancas contrastando com as cores do pôr-do-sol. Na alegria do seu povo e no balanço erótico do ritmo do forró a tradição e a cultura da nossa gente. Nas praças o marco da história da luta de seus bravos heróis que tombaram no embate das causas democráticas e libertárias. Fortaleza cultural: dos Maracatus, do Teatro José de Alencar e do artesanato que mui enriquece o seu patrimônio histórico. (...) A boemia da Praia de Iracema e o Velho Estoril, palco de tradição na luta contra a repressão, saudamos humildemente pela resistência heróica. (...) Salve! Salve! Fortaleza.”
Hino de Fortaleza
Letra: Gustavo Barroso
Música: Antônio Gondim
Durante o Século XIX Fortaleza solidificou a sua posição de liderança urbana no Ceará, fortalecida pelo aparecimento do cultivo do algodão. Com o incremento das navegações com os portos da Europa foi criada em 1812 a Alfândega de Fortaleza. Em 1824 a cidade se agita com a Confederação do Equador. Entre os anos de 1846 e 1877 a cidade passa por um período de enriquecimento e melhoria das condições urbanísticas e diversos prédios surgiram, como o Liceu do Ceará, o Farol do Mucuripe em 1845, a Santa Casa de Misericórdia em 1861, o Seminário da Prainha em 1864, a Biblioteca Pública em 1867 e a Cadeia Pública. Em 1870 teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité. Entre 1870 e 1880 houve movimentos abolicionistas e republicanos que culminaram com a libertação dos escravos no Ceará, em 1884. A Padaria Espiritual, fundada em 1892 foi pioneira na divulgação de idéias modernas na literatura no Brasil. Teve também o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras que foram fundadas em 1887 e 1894, respectivamente.
No século XX a cidade sofreu transformações, houve um acentuado êxodo rural. Cresceu muito, chegando ao final da década de 1910 como a sétima cidade em população do Brasil. Em 1954, surge a primeira universidade na cidade, a UFC. No final da década de 70 nasce o que seria o pólo industrial do Nordeste com a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza. Após o Regime Militar o povo elegeu a primeira mulher prefeita do Ceará, Maria Luiza e a primeira prefeitura comandada por um partido de esquerda (PT). No final do século, a administração da prefeitura e a cidade passam por diversas mudanças estruturais com a abertura de várias avenidas e hospitais. Batizada de Loira desposada do Sol, nos versos do poeta Paula Nei, Fortaleza é hoje uma das cidades mais povoadas do Brasil e o mais importante centro industrial e comercial do Nordeste. No turismo, foi o destino mais procurado no Brasil em 2004. Sobre a bucólica capital dos cearenses, o professor Antônio Rilmar Cavalcante, num misto de lirismo e saudosismo, escreveu com muita propriedade: “Fortaleza Mulher! No seu corpo corre o rio Pajeú, parte de nossa história além-mar. De leste a oeste vislumbram suas praias na paisagem verdejante dos coqueiros e das dunas brancas contrastando com as cores do pôr-do-sol. Na alegria do seu povo e no balanço erótico do ritmo do forró a tradição e a cultura da nossa gente. Nas praças o marco da história da luta de seus bravos heróis que tombaram no embate das causas democráticas e libertárias. Fortaleza cultural: dos Maracatus, do Teatro José de Alencar e do artesanato que mui enriquece o seu patrimônio histórico. (...) A boemia da Praia de Iracema e o Velho Estoril, palco de tradição na luta contra a repressão, saudamos humildemente pela resistência heróica. (...) Salve! Salve! Fortaleza.”
Hino de Fortaleza
Letra: Gustavo Barroso
Música: Antônio Gondim
Junto à sombra dos muros do forte
A pequena semente nasceu.
Em redor, para a glória do Norte,
A cidade sorrindo cresceu.
No esplendor da manhã cristalina,
Tens as bênçãos dos céus que são teus
E das ondas que o sol ilumina
As jangadas te dizem adeus.
Fortaleza! Fortaleza!
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar.
O emplumado e virente coqueiro
Da alva luz do luar colhe a flor
A Iracema lembrando o guerreiro,
De sua alma de virgem senhor.
Canta o mar nas areias ardentes
Dos teus bravos eternas canções:
Jangadeiros, caboclos valentes,
Dos escravos partindo os grilhões.
Fortaleza! Fortaleza!
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar.
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar.
Ao calor do teu sol ofuscante,
Os meninos se tornam viris,
A velhice se mostra pujante,
As mulheres formosas, gentis.
Nesta terra de luz e de vida
De estiagem por vezes hostil,
Pela Mãe de Jesus protegida,
Fortaleza és a Flor do Brasil.
A velhice se mostra pujante,
As mulheres formosas, gentis.
Nesta terra de luz e de vida
De estiagem por vezes hostil,
Pela Mãe de Jesus protegida,
Fortaleza és a Flor do Brasil.
Fortaleza! Fortaleza!
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar.
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar.
Onde quer que teus filhos estejam,
Na pobreza ou riqueza sem par,
Com amor e saudade desejam
Ao teu seio o mais breve voltar.
Porque o verde do mar que retrata
O teu clima de eterno verão
E o luar nas areias de prata
Não se apagam no seu coração.
Na pobreza ou riqueza sem par,
Com amor e saudade desejam
Ao teu seio o mais breve voltar.
Porque o verde do mar que retrata
O teu clima de eterno verão
E o luar nas areias de prata
Não se apagam no seu coração.
Fortaleza
De: Paula Nei
Ao longe, em brancas praias, embalada
Pelas ondas azuis dos verdes mares,
A Fortaleza, a loira desposada
Do sol dormita à sombra dos palmares.
De: Paula Nei
Ao longe, em brancas praias, embalada
Pelas ondas azuis dos verdes mares,
A Fortaleza, a loira desposada
Do sol dormita à sombra dos palmares.
Loura de sol e branca de luares,
Como uma hóstia de luz cristalizada,
Entre verbenas e jardins pousada
Na brancura de místicos altares.
Lá canta em cada ramo um passarinho...
Há pipilos de amor em cada ninho,
Na solidão dos verdes matagais...
É minha terra! a terra de Iracema,
O decantado e esplêndido poema
De alegria e beleza universais!
Como uma hóstia de luz cristalizada,
Entre verbenas e jardins pousada
Na brancura de místicos altares.
Lá canta em cada ramo um passarinho...
Há pipilos de amor em cada ninho,
Na solidão dos verdes matagais...
É minha terra! a terra de Iracema,
O decantado e esplêndido poema
De alegria e beleza universais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário