quinta-feira, 10 de abril de 2008

FORTALEZA: 282 ANOS!

Neste domingo, a cidade de Fortaleza vai completar 282 anos de fundação. O marco da inauguração da cidade data de 1603, quando o lusitano Pero Coelho de Sousa atracou na foz do Rio Ceará. Em suas margens construiu o Fortim de São Tiago, batizando o povoado com o nome de Nova Lisboa. Seu conterrâneo, Martim Soares Moreno chegou pouco depois, em 1613, recuperando e ampliando aquela fortificação e rebatizando-a com o nome de Forte de São Sebastião. Em 1637 houve a tomada holandesa do forte e uma nova expedição holandesa no Ceará, já em 1649, construiu, às margens do Riacho Pajeú, o Forte Schoonenborch, tendo início, nesse momento, a história de Fortaleza, sob o comandante holandês Matias Beck. Em 1654, com a retirada dos holandeses, o forte foi rebatizado de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. Finalmente, no dia 13 de abril de 1726, o povoado do forte foi elevado à condição de Vila, com a data assinalando a fundação de Fortaleza. Em 1799 a Província do Ceará foi desmembrada da Província de Pernambuco e Fortaleza escolhida capital.
Durante o
Século XIX Fortaleza solidificou a sua posição de liderança urbana no Ceará, fortalecida pelo aparecimento do cultivo do algodão. Com o incremento das navegações com os portos da Europa foi criada em 1812 a Alfândega de Fortaleza. Em 1824 a cidade se agita com a Confederação do Equador. Entre os anos de 1846 e 1877 a cidade passa por um período de enriquecimento e melhoria das condições urbanísticas e diversos prédios surgiram, como o Liceu do Ceará, o Farol do Mucuripe em 1845, a Santa Casa de Misericórdia em 1861, o Seminário da Prainha em 1864, a Biblioteca Pública em 1867 e a Cadeia Pública. Em 1870 teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité. Entre 1870 e 1880 houve movimentos abolicionistas e republicanos que culminaram com a libertação dos escravos no Ceará, em 1884. A Padaria Espiritual, fundada em 1892 foi pioneira na divulgação de idéias modernas na literatura no Brasil. Teve também o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras que foram fundadas em 1887 e 1894
, respectivamente.
No
século XX a cidade sofreu transformações, houve um acentuado êxodo rural. Cresceu muito, chegando ao final da década de 1910 como a sétima cidade em população do Brasil. Em 1954, surge a primeira universidade na cidade, a UFC. No final da década de 70 nasce o que seria o pólo industrial do Nordeste com a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza. Após o Regime Militar o povo elegeu a primeira mulher prefeita do Ceará, Maria Luiza e a primeira prefeitura comandada por um partido de esquerda (PT). No final do século, a administração da prefeitura e a cidade passam por diversas mudanças estruturais com a abertura de várias avenidas e hospitais. Batizada de Loira desposada do Sol, nos versos do poeta Paula Nei, Fortaleza é hoje uma das cidades mais povoadas do Brasil e o mais importante centro industrial e comercial do Nordeste. No turismo, foi o destino mais procurado no Brasil em 2004
. Sobre a bucólica capital dos cearenses, o professor Antônio Rilmar Cavalcante, num misto de lirismo e saudosismo, escreveu com muita propriedade: “Fortaleza Mulher! No seu corpo corre o rio Pajeú, parte de nossa história além-mar. De leste a oeste vislumbram suas praias na paisagem verdejante dos coqueiros e das dunas brancas contrastando com as cores do pôr-do-sol. Na alegria do seu povo e no balanço erótico do ritmo do forró a tradição e a cultura da nossa gente. Nas praças o marco da história da luta de seus bravos heróis que tombaram no embate das causas democráticas e libertárias. Fortaleza cultural: dos Maracatus, do Teatro José de Alencar e do artesanato que mui enriquece o seu patrimônio histórico. (...) A boemia da Praia de Iracema e o Velho Estoril, palco de tradição na luta contra a repressão, saudamos humildemente pela resistência heróica. (...) Salve! Salve! Fortaleza.”


Hino de Fortaleza
Letra: Gustavo Barroso
Música: Antônio Gondim


Junto à sombra dos muros do forte
A pequena semente nasceu.
Em redor, para a glória do Norte,
A cidade sorrindo cresceu.
No esplendor da manhã cristalina,
Tens as bênçãos dos céus que são teus
E das ondas que o sol ilumina
As jangadas te dizem adeus.

Fortaleza! Fortaleza!
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar.

O emplumado e virente coqueiro
Da alva luz do luar colhe a flor
A Iracema lembrando o guerreiro,
De sua alma de virgem senhor.
Canta o mar nas areias ardentes
Dos teus bravos eternas canções:
Jangadeiros, caboclos valentes,
Dos escravos partindo os grilhões.
Fortaleza! Fortaleza!
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar.
Ao calor do teu sol ofuscante,
Os meninos se tornam viris,
A velhice se mostra pujante,
As mulheres formosas, gentis.
Nesta terra de luz e de vida
De estiagem por vezes hostil,
Pela Mãe de Jesus protegida,
Fortaleza és a Flor do Brasil.
Fortaleza! Fortaleza!
Irmã do Sol e do mar,
Fortaleza! Fortaleza!
Sempre havemos de te amar.

Onde quer que teus filhos estejam,
Na pobreza ou riqueza sem par,
Com amor e saudade desejam
Ao teu seio o mais breve voltar.
Porque o verde do mar que retrata
O teu clima de eterno verão
E o luar nas areias de prata
Não se apagam no seu coração.

Fortaleza
De: Paula Nei

Ao longe, em brancas praias, embalada
Pelas ondas azuis dos verdes mares,
A Fortaleza, a loira desposada
Do sol dormita à sombra dos palmares.

Loura de sol e branca de luares,
Como uma hóstia de luz cristalizada,
Entre verbenas e jardins pousada
Na brancura de místicos altares.

Lá canta em cada ramo um passarinho...
Há pipilos de amor em cada ninho,
Na solidão dos verdes matagais...

É minha terra! a terra de Iracema,
O decantado e esplêndido poema
De alegria e beleza universais!

O DIA DA MENTIRA

Uma data que se incorporou ao folclore brasileiro, o 1º de abril, conhecido como o Dia da Mentira ou o Dia dos Bobos, passou a ser motivo de muitas brincadeiras e gozações de norte a sul do país e em várias partes do mundo. Não há uma pessoa que não tenha sido vítima de uma “lorota” ou “gaiatice”, na passagem desta data. Porém, muitos se perguntam como surgiu essa história. Apesar do povo brasileiro ser conhecido por seu espírito gozador e brincalhão, de certo, não foi no Brasil que tudo começou.
Em 1564, reinava na França o monarca Carlos IX, que por uma ordonnance (Decreto), estabeleceu que o ano deveria começar no dia 1º de janeiro, no que, posteriormente, foi seguido por outros países da Europa. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1º de abril. No começo, houve muita confusão, já que os meios de comunicação ainda eram incipientes. Naquela época não existia Internet, rádio, televisão, e muito menos o jornal, já que a invenção da imprensa, por Gutenberg, só aconteceria muito tempo depois. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, o que resultou o dia 1º de abril ficar conhecido como o Dia da Mentira, em virtude de várias brincadeiras realizadas com a intenção de provocar hilaridade e riso. Gozadores passaram então a ridicularizar a mudança e a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam.
Surgiram, então, as brincadeiras, denominadas pelos franceses de plaisanteries, como a da carta que se mandava por um portador ao destinatário, na qual se lia o seguinte: "Hoje é primeiro de abril. Mande este burro pra onde ele quiser ir". O costume rapidamente se espalhou pelo mundo. Muitas são as brincadeiras realizadas e que se referem ao 1º de abril. Até mesmo eram distribuídas cartas convidando amigos para assistirem ao casamento de pessoas que nem sequer se conheciam, indicando a igreja, o dia e a hora em que seria celebrado o suposto enlace.
Como exemplos de conhecidas brincadeiras, vejamos algumas peças pregadas pela imprensa mundial: 1) "A África do Sul comprou Moçambique por US$ 10 bilhões. O anúncio do negócio fora feito na Organização das Nações Unidas pelo presidente sul-africano Nelson Mandela. Deu no jornal Star, de Johannesburgo; 2) A Rádio Medi, de Tânger, no Marrocos, noticiou que o Brasil não iria participar da Copa do Mundo porque o dinheiro da seleção seria usado na luta contra o incêndio em Roraima; 3) A minúscula república russa Djortostão declarou guerra ao Vaticano. Motivo: arrebatar o título de menor Estado europeu. Para tanto, ele teria doado 6m2 de seu território a uma república vizinha. Isso tudo de acordo com o jornal Moscou Time; 4) Maradona, ex-capitão da seleção argentina de futebol, é o novo técnico da seleção do Vietnã. Deu nos principais jornais vietnamitas; 5) Ao deixar o Senegal, o presidente americano Bill Clinton seria acompanhado de uma comitiva formada pelos primeiros 50 senegaleses que fossem à embaixada para pedir visto de entrada nos EUA. Assim informou o jornal Le Soleil, do Senegal. Centenas de senegaleses acreditaram na mentira e correram para a embaixada americana."
No Brasil a data começou a ser divulgada em Pernambuco, onde circulou “A Mentira”, em 1o de Abril de 1848, que noticiava sobre o falecimento de Dom Pedro II, desmentida no dia seguinte. “A Mentira” saiu pela última vez em 14 de Setembro de 1849, e solicitava aos credores um acerto de contas proposto em um local inexistente, que se realizaria no dia 1º de abril do ano seguinte. A notícia do falecimento de Maurício Fruet, ex-prefeito de Curitiba e ex-deputado federal, na revista ISTO É, São Paulo, nº 1510, edição de 09/09/1998, informava que ele "era considerado o parlamentar mais brincalhão e espirituoso que passara pela Câmara dos Deputados. Um exemplo: convocou uma falsa reunião de todo o secretariado do então governador Roberto Requião no dia 1º de abril de 1990, 15 dias após a posse de Requião. Os Secretários, sem entender nada, passaram toda a madrugada no Palácio Iguaçu. De manhã, Fruet fez chegar a informação de que era um trote do Dia da Mentira."
Recentemente, aqui mesmo em Fortaleza, um conhecido radialista marcou com seus colaboradores uma reunião em uma conhecida pizzaria, no bairro Dionísio Torres, logo após a apresentação de um programa radiofônico. Para a surpresa dos presentes, na hora marcada, chegou um bilhete escrito à mão dizendo: “Dia 1º de Abril, o Dia da Mentira, a pizza fica para amanhã!”, com o que os colaboradores, resignados e decepcionados por terem caído na brincadeira, se despediram e foram jantar em suas próprias residências. A data é pouco conhecida por pessoas que não vivem no ocidente. Apesar de o Dia da Mentira não ocorrer ao mesmo tempo em todo mundo, tudo faz crer que as brincadeiras, originárias das plaisanteries francesas, continuará sempre a existir, graças à eternidade das manifestações folclóricas.

Pega Na Mentira
De:Roberto Carlos - Erasmo Carlos


“Zico tá no Vasco, com Pelé

Minas importou do Rio, a maré
Beijei o beijoqueiro na televisão
Acabou-se a inflação
Barato é o marido da barata
Amazônia preza a sua mata, tá tá tá...
Pega na mentira
Pega na mentira
Corta o rabo dela
Pisa em cima
Bate nela
Pega na mentira...
Já gravei um disco voador
Disse a Castro Alves seu valor
Em Copacabana não tem argentino
Sou mais moço que um menino
Vi Papai Noel numa favela
O Brasil não gosta de novela...
Pega na mentira
Pega na mentira
Corta o rabo dela
Pisa em cima
Bate nela
Pega na mentira...
Sônia Braga é feia, não é boa
Já não morre peixe, na Lagoa
Passa todo mundo no vestibular
O amor vai se acabar
Carnaval agora é um dia só
Sem censura e guaraná em pó, pó pó pó...
Pega na mentira
Pega na mentira
Corta o rabo dela
Pisa em cima
Bate nela
Pega na mentira...”

A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NA "TERRA DA LUZ"


Nesta última semana de março comemora-se um acontecimento que enche de orgulho e de espírito ufanista o povo cearense. Há 124 anos, a então Província do Ceará tornava-se a pioneira na luta pela abolição da escravatura no Brasil. Vários fatores contribuíram para esse pioneirismo. Numa comparação com outras províncias do país, a terra de José de Alencar não recebeu uma significativa leva de escravos. Algo em torno de 35 mil, vieram do continente africano, principalmente de Angola e Congo. Chegavam com um alto preço para a economia local, baseada na pecuária extensiva, uma atividade que não necessitava de elevada mão-de-obra e que ainda facilitava a fuga dos escravos para o inóspito sertão.
A acentuada crise na economia brasileira, sobretudo no Nordeste, no final do século XIX, agravada ainda mais pelas constantes secas, passou a resultar na venda de escravos para outras regiões do país. Tentando manter o sistema escravocrata no Norte e Nordeste, fazendeiros paulistas conseguiram a proibição legal desse comércio evitando o que aconteceu nos Estados Unidos entre as colônias do Norte e do Sul. Com isso, tornou-se inviável manter escravos nas fazendas cearenses, o que colaborou para o processo de libertação.
No ano de 1868 existia na província uma orientação da Assembléia Legislativa para alforriar escravos, de preferência mulheres e crianças recém-nascidas. Por essa época surgiram sociedades civis de combate à escravidão, como a loja maçônica Fraternidade Cearense e a sociedade Perseverança e Porvir. Em 8 de dezembro de 1880, é fundada em Fortaleza, a Sociedade Cearense Libertadora, entidade formada por 225 sócios republicanos e abolicionistas, que se reuniram na denominada “Sala do Aço”, sob o juramento “matar ou ser morto em bem da abolição”.
Na ocasião do juramento, a sociedade era presidida pelo intelectual cearense, natural de Santana do Acaraú, João Cordeiro. O jornal do grupo, denominado Libertador, denunciava os abusos cometidos contra escravos e organizava manifestações públicas apregoando o fim do tráfico negreiro. Pela grande dificuldade em atracar navios, devido ao mar bravio, a capital cearense era um péssimo ancoradouro, o que fazia dos jangadeiros um elemento de suma importância para a economia local, já que o embarque e desembarque no porto de Fortaleza tinha que ser feito por meio de embarcações pequenas e insubmersíveis conhecidas como jangadas.
A forte campanha abolicionista, em 1881, convenceu os jangadeiros cearenses a não mais realizar o transporte de escravos para terra firme. Sob o lema “No Ceará não se embarcam mais escravos”, o movimento, comandado por Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar, ganhou significativa simpatia da população cearense. A manifestação alcança toda a Província, e a Vila do Acarape, atual município de Redenção, que tornou-se, em 1º de janeiro de 1883, durante a visita do jornalista e abolicionista fluminense, José do Patrocínio, a primeira localidade no Ceará a libertar seus escravos, no que foi seguida por Pacatuba, Icó, Baturité, Maranguape, Messejana e Aquiraz, dentre outras.
Tal fato, propiciou, por parte de José do Patrocínio, a denominação da Província do Ceará de “Terra da Luz”. Aliás, Patrocínio fazia-se presente em terras alencarinas atendendo à sugestão do poeta de Aracati, Paula Nei para, segundo Raimundo Girão, em sua obra A Abolição no Ceará, “aconchegar-se ali aos que, sem nenhum temor, combatiam a serpente lérnica da escravidão”.
Em 25 de março de 1884, o imposto sobre a propriedade de escravos na província do Ceará tornou-se maior que seu valor de mercado, contribuindo para acelerar o processo final de abolição. Levantamento do Ministério da Agricultura apontou que, em pouco mais de um ano, mais de 22 mil escravos foram alforriados. Esse fato mereceu as seguintes palavras do jurista, diplomata e abolicionista pernambucano, Joaquim Nabuco:
“O que o Ceará acaba de fazer não significa por certo ainda – O BRASIL DA LIBERDADE; mas modifica tão profundamente o BRASIL DA ESCRAVIDÃO, que se pode dizer que a sua nobre província nos deu uma nova pátria. A imensa luz acesa no Norte há de destruir as trevas do Sul. Não há quem possa impedir a marcha dessa claridade”.
A Boa Nova logo chega em todos os rincões do país e deu alento e ânimo aos republicanos, abolicionistas e escravos das demais regiões, que inclusive passaram a ter o Ceará como rota de fuga e certeza de poderem gozar da sonhada liberdade na “Terra da Luz”.

Hino à Redenção da Província
De: Antônio Martins


“Cearenses, cruzados da Glória,
Nossa terra está livre de escravos!
Hoje abriu-se ao escopro da História
O padrão deste povo de bravos.

Vitória! Vitória. Bradai cidadãos!
No lar de Iracema são todos irmãos!

Já não geme algemado no açoite,
Oprimido, infeliz, nosso irmão;
Nem os ventos da trevas da noite
Chora os prantos da vil servidão.

Vitória! Vitória. Bradai cidadãos!
No lar de Iracema são todos irmãos!

A igualdade – esse sonho dourado
Dos fatores da Terra da Luz
Nos aponta no céu constelado
O grande sinal de Jesus!

Vitória! Vitória. Bradai cidadãos!
No lar de Iracema são todos irmãos!

Estas plagas de livre jangada,
De Alencar e de Pedro Pereira
Hão de ser a Canaã inspirada
Da total Redenção Brasileira!

Vitória! Vitória. Bradai cidadãos!
No lar de Iracema são todos irmãos!

Derruiu-se a Bastilha negreira
E a pátria ditosa sorriu:
Começou a Nação Brasileira,
A Igualdade co’a Glória surgiu!

Vitória! Vitória. Bradai cidadãos!
No lar de Iracema são todos irmãos!

Hoje as águias dos livres países
Podem vir adejar no Equador:
Neste céu de iriantes matizes
Só há luz, liberdade e amor!

Vitória! Vitória. Bradai cidadãos!
No lar de Iracema são todos irmãos!

Salve! O’ dia almejado da Glória,
Alvorada do Império da Cruz!
Salve! Aurora da Paz, da Vitória!
Salve! O’ filhos da Terra da Luz!”