distante, e as vezes ao seu lado,
existe alguém que ainda acredita em você".
Plínio Pacheco
No século IV, algumas comunidades cristãs passaram a vivenciar a paixão, a morte e a ressurreição, o que exigia três dias de celebração, consagrados à lembrança dos últimos dias da vida terrena de Cristo. Jerusalém, por ter sido o local desses acontecimentos, é que deu início a essa tradição seguida pelas demais igrejas. Assim a sexta-feira comemora especialmente a morte de Jesus Cristo, o sábado era o dia de luto e o domingo era a festa da ressurreição.
A Semana Santa não acontece na mesma data todos os anos. Assim como o carnaval, é um evento móvel que varia em relação ao calendário litúrgico da Igreja Católica. Assim, 40 dias depois da Quarta-Feira de Cinzas se iniciam os dias Santos. Ela começa no Domingo de Ramos, que comemora a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e termina, sete dias depois, no Domingo de Páscoa propriamente dito.
Domingo de Ramos
Segunda-feira Santa
Terça-feira Santa
Quarta-feira Santa
Quinta-feira Santa
Sexta-feira Santa (neste dia a Igreja se abstém do sacrifício da Missa)
Sábado Santo
Rituais
Com o passar dos tempos, os cristãos foram estabelecendo rituais objetivando tornar acessível a todos, através de gestos litúrgicos, o sentido daquele tríduo que se transformou em uma semana com a introdução da celebração do Domingo de Ramos, por volta do século IV. Essa festa foi se tornando uma das mais populares do catolicismo e, em torno daqueles ramos empunhados à mão em procissão, tem surgido uma infinidade de interpretações, como guardar com devoção os ramos em forma de espécie em memorial à Semana Santa. Por outro lado, há, como crendices, a sua utilização para a feitura de chás curativos. Em algumas regiões esses ramos ressequidos durante o ano são utilizados para a produção da cinza que é posta na fronte dos fiéis na quarta-feira que encerra o carnaval, a quarta-feira de cinzas, e dá início à Quaresma.
Ao longo da Idade Média, a Semana Santa foi acrescida de novos rituais. Um desses foi a cerimônia do Lava Pés que ocorre na quinta feira à tarde. É a encenação de um acontecido durante a Ceia de Páscoa, que Cristo celebrou com os seus seguidores mais próximos, uma experiência didático-pedagógica para aqueles que não tinham acesso aos escritos evangélicos. Por seu aspecto visual e dramático, adequou-se ao gosto popular e vem se tornando mais importante do que as reflexões que os cristãos devem fazer naquela ocasião.
Na Idade Média, surgiu um outro ritual, conhecido como a espoliação do altar, ou seja, a retirada das toalhas e utensílios que foram utilizados, ocasião em que as hóstias são transladadas para um altar lateral onde podem ser veneradas. Esse rito é uma alegoria do fato de que, na Antigüidade, quando ainda não havia os templos, a cada celebração, eram postas antes, e retiradas após a cerimônia, as toalhas sobre a mesa que servia como altar.
Um outro ritual, que também ocorre na Quinta-Feira de Endoenças, este pela manhã, é a missa da Bênção dos Óleos, utilizada para representar a unidade do Clero em torno do Bispo local, ao mesmo tempo em que demonstra a sua catolicidade. Os ritos da Sexta-Feira da Paixão lembram a morte de Jesus Cristo. Nesse dia, não ocorre a celebração da missa, apenas são feitas leituras e a adoração do Santíssimo.
No Brasil, no estado de Pernambuco, acontece uma das mais importantes manifestações religiosas da quaresma e da Semana Santa. Do litoral ao sertão, acontecem missas, apresentações de cânticos, novenas e encenações. Nesta época, considerada de baixa estação, muitos católicos e turistas aproveitam para conhecer de perto uma das maiores expressões da fé e da religiosidade do povo nordestino: a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, encenação que acontece todos os anos no Agreste do Estado, a pouco mais de 180Km do Recife, e reúne mais de 80 mil católicos de todo o Brasil. Encenada durante oito dias em Nova Jerusalém, no município de Fazenda Nova, a Paixão de Cristo encanta por ser o maior espetáculo ao ar livre do mundo. Nascida do sonho do teatrólogo gaúcho Plínio Pacheco, há 40 anos, a peça é encenada em construções grandiosas, que reproduzem a arquitetura da época de Jesus Cristo como o Palácio de Herodes, o Fórum de Pilatos e a árida região da Judéia. Todos os anos, o elenco de atores se renova e já participaram do espetáculo artistas como Fábio Assunção, Malvino Salvador, Thiago Lacerda, Maitê Proença e Ângela Vieira.
SENHOR, QUE VIESTE SALVAR...
Padre Zeca
De: Pe. José Candido
“Senhor que vieste salvar
PORQUE ELE VIVE
Padre Zeca
De: Gloria Ghaither/ William J. Gaither
“Deus enviou sim Filho amado,