terça-feira, 15 de janeiro de 2008

LAURO MAIA

Lauro Maia (Lauro Maia Teles), compositor, instrumentista e arranjador, nasceu em Fortaleza/CE em 06/11/1912 e faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 05/01/1950. A mãe era professora de teoria musical e lhe ensinou as primeiras noções de música. Ainda ginasiano, freqüentemente apresentava-se tocando piano no Cine-Teatro Majestic, sendo depois convidado a substituir a pianista que adoeceu.
Em 1938, formou o Quinteto Lupar, com Paulo Pamplona, Ubiraci de Carvalho, Roberto e Antônio Fiuza, estreando no ano seguinte na Ceará Rádio Clube. Na época, era diretor artístico da emissora, alem de ocasionalmente integrar a orquestra da casa como pianista ou acordeonista. Além disso, liderava a Escola de Samba Lauro Maia, fazia pesquisas sobre o folclore cearense e arranjos de musicas para gravações. Casado com Djanira Teixeira, irmã do compositor Humberto Teixeira, transferiu-se para o Rio de Janeiro, sendo contratado pelos editores Irmãos Vitale.
Passou também a trabalhar em cassinos, e em 1942 sua composição Eu vi um leão foi gravada na Odeon pelos Quatro Ases e Um Curinga, mesmo conjunto que lançou em 1944 a marcha de sua autoria Trem de ferro, um de seus maiores sucessos. Em parceria com Humberto Teixeira compôs outros grandes êxitos, como Só uma louca não vê, gravado por Orlando Silva na Odeon em 1945, e, no ano seguinte, Deus me perdoe, lançada em disco por Ciro Monteiro na Victor, obtendo muito sucesso no Carnaval.
Criou um novo ritmo, o balanceio, que fazia prever o baião urbanizado, como nas músicas Marcha do balanceio, gravada por Joel e Gaúcho, e Tão fácil, tão bom, interpretada pelos Vocalistas Tropicais, ambas na Odeon, também em 1946.
Adoecendo, regressou a Fortaleza no ano seguinte, retornando ao Rio de Janeiro em 1948, onde faleceu dois anos depois. Duas músicas de sua autoria foram lançadas postumamente: Trem ô lá lá (com Humberto Teixeira), em 1950, por Carmélia Alves, e o choro Faísca, gravado por Raul de Barros, na Odeon, um ano depois, obtendo êxito. Sua música Trem de ferro foi regravada por João Gilberto em 1961, com sucesso, constando do terceiro LP desse cantor na Odeon. (EMB)


Fan Ran Fun Fan
Composição: Lauro Maia

O xote a capim puba
Só se dança figurado
Dança dez e dança vinte
Mas, é tudo impariado
Dança direito
Não lhe pise na chinela
Cuidado com a menina
Que senão fica sem ela
Dança, dança
Dança comadre que é bom
Dança, dança
Dança compadre que é bom
Dança Maricota
Filha do Coroné
Dança Zé Potoca
Com a comadre Izabé
Dança, dança
Dança meu povo que é bom
Dança, dança
Dança meu povo que é bom.


Deus me perdoe
Composição: (Lauro Maia/ Humberto Teixeira)

Deus me perdoe
Mas levar esta vida que eu levo é melhor morrer
Relembrando a fingida mulher
Que me abandonou
Eu aumento a saudade
Que tanto me faz sofrer
Se ela quisesse voltar
Eu perdoava
Se ela voltasse
Na certa, recordava
O bom tempo feliz que ficou
Ficou pra trás
Tenho sofrido bastante
Não posso mais
Ai, meu Deus

Olha o Gato
Composição: Lauro Maia

Pega o gato com jeito que ele azunha,
Logo vi que era o diabo desse gato
Que roubava as galinhas e comia os pintinhos,
Mas hoje ele paga tim-tim por tim-tim
Vou pega esse gato que é ladrão
Amarrar esse gato com cordão
E matar esse gato, agora não
Ai, não sabe não?
Dar um banho nessa gato com sabão
Judiar com esse gato, com tição
Botar dentro de uma saco e soltar
Soltar lá no meio do mar

Eu Vou Até de Manhã
Lauro Maia
Ôi balancê balançar
Balança pra lá e pra cá
Eu vou até de manhã
Só nesse balancear
Quem balança com jeito
Há de gostar
Dançando dançando não quer mais parar
O camarada fica mole
Fica mole mole
Ôi balancê balançar
Balança pra lá e pra cá
Eu vou até de manhã
Só nesse balancear
Outro dia a charanga
Do Zequinha
Tocou balancê a noite inteirinha
O fole velho ficou rouco
Ficou rouco rouco
Ficou rouco rouco rouco

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